História do Uprocking

Uprocking, como um estilo da dança próprio, nunca ganhou a mesma popularidade difundida que breaking, à exceção de alguns movimentos muito específicos adotados pelos breakers que a usam como uma variação para seu toprock. Quando usados em uma batalha de break, os oponentes normalmente respondem executando os movimentos similares do uprock, criando uma pequena batalha de uprock.
Originalmente o uprocking foi um estilo de dança separado, que não se misturava com breaking. Os movimentos de uprock executados pelos breakers hoje em dia não são os movimentos originais, e sim parecidos, que demonstram somente uma pequena parte do estilo original do uprocking.
Uprocking é uma forma original da dança de rua que é feita à alma e à música do funk. Frequentemente confundido como a parte do movimento breaking, o uprocking desenvolveu-se separadamente, embora foi adaptado mais tarde nas apresentações de b-boys e b-girls. Uma combinação do freestyle, “jerks” e “burns”, é uma dança fortemente competitiva.
Uprocking pode ter sido um vestígio da seção de Bushwick do Brooklyn, entre 1967 e 1968. Entre as gangs que prevaleciam na vizinhança, dois homens, “Rubberband Man" e "Apache" optaram por sair do perigoso círculo de amigos e entregar-se a paixão pela dança. Vistos dançando pelos cantos nas ruas, eles se baseavam nos passos de Fred Astaire, Gene Kelly, Salsa, e mais tarde, Hustle para criar um estilo da dança que caracterizasse voltas, rotações, movimentos de freestyle, movimentos repentinos do corpo, gestos com a mão, mais tarde conhecidos como Burns.
No início dos anos 70, o Uprocking se espalhou e fez parte da cultura popular. Antes deste tempo, a dança era conhecida apenas por “Rocking”. Mas como alcançou um maior número de jovens, as competições de Rock eram frequentemente confundidas como competições de música. Logo, o “Uprocking” tornou-se o termo aceitado. Crazy Rob organizou as primeiras competições de crews de Uprocking. Em 1980, Brooklyn realizou uma competição para o título do rei do Uprock. Todos os grupos compareceram e a batalha foi ganha por Ralph Casanova, conhecido ainda hoje como o rei Uprock.
A Dança e a Batalha
Ao contrário de como o uprock é utilizado no breaking, Uprocking é executado durante toda a música. A dança por si só foca o estilo livre e o profundo conhecimento da música. Os movimentos devem ser sempre sincronizados com a música. Durante as batidas na música “jerks” e “burns” são executados. Esses movimentos imitam uma ação violenta ou ameaçadora, mas nenhum contato físico é permitido e um dançarino experiente sabe disso.
Enquanto muitas outras batalhas de dança aconteciam num círculo, as competições de Uprocking ocorriam em uma formação conhecida como “linha de Apache” (Apache Line). Na linha de Apache, dois grupos ou indivíduos oponentes enfrentam-se na batalha. Um Rocker pode “bater” no ombro de outro Rocker para permitir que um novo membro participe no conflito. Quando duas crews oponentes batalham, os Rockers devem permanecer na linha, mas podem mover-se. O rocker ou a crew que melhor usam e aproveitam a música ganham a batalha. As linhas de Apache são usadas também para iniciar um Uprocker novo no grupo. O membro novo deve batalhar com todos na linha.
Os Altos e Baixos
Na metade dos anos 80, as crews de breaking começaram a ganhar popularidade com a nova geração, e os b-boys começaram a incorporar o Uprock. Enquanto isso os Uprockers originais estavam se estabelecendo nas suas vidas profissionais e familiares, ou estavam aprimorando mais a sua batida. Em conseqüência, o Uprocking tornou-se mais obsoleto. Uprocking apareceu ainda, entretanto, na forma modificada. O Toprocking incorporou-se ao breaking, mas a tradição original do Uprock tornou-se temporariamente inativa e impraticável.
Nos anos 90, entretanto, um B-boy conhecido como Numbers começou a buscar algum Uprocker original e a rever suas técnicas. Sua busca, que durou diversos anos, culminou quando podia finalmente convidar o rei do Uprock a uma competição de B-boy na Florida. A presença do rei do Uprock dispertou um interesse em Uprocking e, lentamente, foram se formando crews nacionais e internacionais que se dedicaram à preservação desta dança.
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