Final do concurso "Bounce" apura quatro vencedores

Dança de Rua Brasil

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Os bailarinos Fortunato Tomás, Isilda Lissokeivo, Anderson Majenje e Bráulio Francisco são os vencedores da segunda edição do concurso “Bounce” e foram eleitos sábado, nos estúdios do Canal 2 da Televisão Pública de Angola (TPA), em Luanda.
Os escolhidos entre os dez correntes finalistas, representam a comunidade angolana em Portugal e as províncias de Huíla, Huambo e Luanda, respectivamente.
Fortunato Tomás foi escolhido pelos telespectadores através de mensagem telefónica, enquanto Isilda Lissokeivo, Anderson Majenje, e Bráulio Francisco foram os que “fizeram as melhores exibições”, segundo o júri.
Na primeira parte do espectáculo, que durou cerca de três horas, os dez finalistas apresentaram uma coreografia dominada pela mistura de estilos de dança, após o que seguiu uma exibição individual de cada candidato durante a qual cada um escolheu um estilo de dança e uma música. Na segunda parte, os concorrentes dançaram em pares, demonstrando habilidades em semba, dança contemporânea, hip hop, samba, kuduro e dança clássica.
A terceira e última parte do espectáculo ficou marcada pelos desafios individuais, em que cada concorrente teve um minuto para mostrar o que sabe fazer em dois diferentes estilos de dança.
Como prémio, os vencedores vão ter direito a uma formação de três meses, numa escola profissional de dança em Los Angels, nos Estados Unidos da América.
Para animar o concurso, passaram pela segunda edição do “Bounce” o grupo Makongo, composto por angolanos e portugueses. Este grupo fez-se acompanhar por dois percussionistas e igual número de bailarinos de dança de rua (Street Dance), que fizeram duas exibições, numa mistura de kuduro, hip hop e raggaeton. O músico Jack Kanga também animou a final, bem como os vencedores da primeira edição, realizada em 2008.
O concurso “Bounce” foi criado em 2007, inspirado nos géneros Kuduro e Hip-Hop, com o objectivo de incentivar a paixão dos jovens pela dança. Produzido pela Semba Comunicação, a primeira edição foi realizada em 2008, com concorrentes escolhidos em castings realizados nas províncias de Benguela, Huambo, Luanda e Zaire.
Em 2009, o concurso ampliou o seu campo de acção e, além das províncias abrangidas na edição anterior, abrangeu as províncias do Uíge, Cabinda, Lunda Norte, Lunda Sul e Namibe. Outra novidade desta edição foi o seu alargamento internacional, com a participação de angolanos residentes em Portugal.

Bailarinos satisfeitos

Fortunato Tomás, representante da comunidade angolana em Portugal, afirmou sentir-se feliz por constar entre os vencedores do “Bounce” 2009. “Sempre sonhei ser um dos distinguidos num concurso de dança”, disse o bailarino, de 23 anos.
Ao referir-se à viagem aos EUA, disse ser muito importante porque vai dar mais prestígio aos bailarinos, acreditando que o facto de terem direito a formação em dança, em Los Angeles, será uma experiência inesquecível e algo que também beneficiará os coreógrafos do concurso.
Fortunato Tomás começou a dançar com 15 anos, em Portugal, onde frequentou aulas de dança. Tem formação em Hip Hop contemporâneo, feita em Barcelona, na Espanha, e em jazz, ballet clássico e raggae.
A bailarina Isilda Lissokeivo, de 19 anos, disse que sempre quis participar em concurso de dança com algum prestígio, mas esteve indecisa quanto a sua classificação porque os concorrentes eram muito fortes.
Quanto ao sonho de se tornar uma das vencedoras estava cada vez mais distante, mas seguiu em frente, aproveitando as aulas dos coreógrafos.
Isilda Lissokeivo dança desde criança, mas só aos 14 anos é que decidiu levar o dom a sério, e teve a sua primeira aparição em público num dos centros culturais do Lubango, província da Huíla, onde nasceu.
Anderson Majenje, de 19 anos, conseguiu concretizar um dos seus sonhos que, desde que aprendeu a dançar, foi uma das suas grandes paixões. Representante da província do Huambo, informou que, embora tenha sido motivado pela irmã a participar, antes já sentia interesse no “Bounce”, desde a primeira vez que assistiu o programa. “Para mim foi uma grande surpresa, uma vez que todos os finalistas eram fortes candidatos as quatro vagas. Sempre disse que sonhar é bom, e que tudo é possível alcançar com esforço. Trabalhei, lutei, acreditei e consegui colher frutos”.
O representante do Huambo começou apostar na dança desde 2004, ano em que fazia dupla com a sua irmã, Cilana Majenje, uma das vencedoras da 1ª edição do concurso. Depois formou o grupo de dança “Back off dance”.
O representante de Luanda, Bráulio Francisco, afirmou que pressentia ser um dos vencedores, porque dança desde criança, sob influência familiar. O bailarino, de 20 anos, assumiu que dançar faz parte do seu hobby, e disse que sempre acreditou na vitória. Bráulio tem participações em vídeoclipes e actuações em espectáculos musicais.

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