Amazonas - Hip Hop

Brasil Hip Hop, o mundo do Hip Hop Brasileiro, para você amante do Hip Hop. Performances dos bboys e bgirls do nosso brasil.
Todos os elementos aqui, Rap, Break, Graffiti e DJ.

HIP HOP DO AMAZONAS


Muito som, batidas, manobras, coreografias e conversas visando a evolução do movimento Hip-Hop em Manaus. Assim foi o encontro de Crews (turmas) da Cultura Hip-Hop neste sábado, 12/01, no Ginásio Zezão, na Grande Circular.

O organizador do Evento e militante da cultura Hip-Hop, Francisco, nos falou dos objetivos da reunião. Segundo ele, a reunião foi organizada para que se dê andamento ao projeto de criação de uma federação, que envolva os grupos de Hip-Hop organizados de Manaus. A Federação oferecerá a oportunidade de profissionalização dos dançarinos, MC´s, DJ´s, grafiteiros e demais artistas do movimento, que hoje se apresentam na maior parte das vezes gratuitamente, não tendo garantias jurídicas sob sua imagem. Também será uma instância de proteção e auxílio a novos grupos, dando um salto qualitativo na organização do movimento em Manaus. O grupo pretende ainda lançar um portal da entidade na internet. É a primeira tentativa de se organizarem os grupos de Hip-Hop de Manaus em nível regional.


O Bloguinho Intempestivo aproveitou a oportunidade para trocar uma idéia com alguns representantes de Crews que apareceram por lá.

“Falar de Hip-Hop aqui em Manaus, falou em MHM. Tudo começou lá. O presidente de lá se chama Maicon. Ele não veio porque lá não pode parar. Faça sol, faça chuva, todo sábado a gente ta lá, sempre está lá. Tudo começou com os primeiros grupos que chegaram aqui em Manaus, que se formaram aqui, começaram a se formar, tudo foi lá. A maioria é da rua, que a gente acolhe, eu fui um, e sou a prova viva de que aqui dá certo. Eles me tiraram da rua, e hoje em dia eu sou um dos instrutores lá. Tem um cara que representa a gente e que é muito forte, chamado Art96, foi um cara que também saiu das ruas, hoje em dia ele fala 3 línguas e está terminando uma faculdade de História. Então é isso aí, é evoluir, não só na dança, mas na sua vida, mesmo profissional, fora do Hip-Hop, você tem que evoluir. Foi isso que eu aprendi dentro do Hip-Hop. O MHM já tem 13 anos de formação e 9 de projeto na escola. Funciona na Escola Municipal Professor João Chrysóstomo, no São José II. Lá nós temos muito apoio por parte da direção, sempre ajudamos, fazemos palestras, porque a cultura Hip-Hop é muito complexa, abrange muita coisa. Tem a parte do Grafite, que são as artes plásticas, a dança, que é o Brake, o DJ, o MC, que é o cara que canta o rap, faz a letra na hora, é o pensador da cultura Hip-Hop. E qualquer pessoa pode chegar lá, entendeu? A primeira vez que a pessoa vai lá, ela fica olhando, e se ela se sentir bem, agradável, ela vai ficando.
O grupo que eu participo é o Funk Soul. A nossa dança é diferenciada, a gente não dança o Break, a gente dança outra parte, que é diferenciada, que surgiu na mesma época das outras danças, que é o Locking, a dança mais antiga da cultura Hip-Hop, e pouca gente conhece. É uma dança que foi inventada em 1978. Mas aqui em Manaus a dança mais forte é o Breaking, que são os BBoys.
É difícil lidar com os políticos, tem que ter jogo de cintura. Sempre aparecem prometendo muita coisa, mas até agora nada foi concretizado. Principalmente na época de eleição, aparecem muitos, porque lá [no MHM] é muita gente. A cultura Hip-Hop abrange muita gente aqui em Manaus, muita gente mesmo. E a cultura Hip-Hop não é só diversão, isso pra gente é nossa vida. É nossa filosofia de vida: cultura Hip-Hop. Então quando muitas vezes a gente vê na televisão falando ‘ah, o Hip-Hop isso…’, a gente fica até um pouco ofendido, porque a gente é o Hip-Hop, a gente vive isso. Hip-Hop não é só dança, não é só música, é a forma como a gente vive. Hip-Hop é periferia, favela, gueto, viela, foi criado pra isso, pra tirar as pessoas da marginalidade”.


Registramos ainda a presença da moçada do Nativo’s Crew, que se reúne no CDCC do Coroado III. Esta semana eles estarão viajando para Belém, para representar o Amazonas, junto a grupos de todo o Brasil em uma competição nacional.

Também militante antigo da cultura Hip-Hop, MC Fino nos falou sobre os trabalhos que desenvolve e contou sobre algumas linhas que atravessaram seu devir-histórico na cidade de Manaus e no Brasil.
“Meu nome é DJ MC Fino, tou na ativa desde a década de 80, já são mais de 27 anos de trabalho. Em 1994 foi fundada uma sigla chamada MHM – Movimento Hip-Hop Manaus, que me permitiu sair da periferia, e me ajudou a tocar em lugares que antes para nós era impossível, tipo Café Cancún, Les Gens, lugares que são mesmo da elite, e a gente conseguiu entrar com nosso som. Também participo de trabalhos sociais em todo o Norte e Nordeste, com vários núcleos. Temos um movimento chamado MHF – Movimento Hip-Hop da Floresta, que trabalha com educação ambiental e mudança climática. Desde 1987 a gente trabalha com a gurizada, reeducando eles culturalmente e musicalmente, porque em Manaus existem várias influências musicais, então às vezes o cara passa por uma crise de identidade, não sabe se é negro, branco, mestiço, cafuzo, caboclo, então o meu trabalho é passar essas informações pra eles, e mostrar musicalmente que tudo pode ser reciclado. Eu posso pegar o Nelson Gonçalves, botar uns beats de rap, transformar, pegar um Noel Rosa, posso pegar o que for e fazer um som. Posso dar um livro até de filosofia pro cara estudar e ele sair com uma música, e numa letra ele ao mesmo tempo falar da periferia, e se denominar um Platão ou o que for, da filosofia, história ou literatura aí. Então o meu trabalho é este. Faço trabalho com a maioria dos grupos daqui. Criamos uma sigla recentemente chamada RDA – Rapa do Amazonas, e com ela a gente já fez duas realizações aqui: a primeira, dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, na praça, onde a gente fez uma festa, microfone aberto para todos os grupos, todas as crews se apresentarem, e a outra foi o primeiro encontro de Hip-Hop, nos dias 07, 08 e 09, com o governo federal trazendo o pessoal do Maranhão, Porto Velho e Brasília. Então nosso trabalho é esse, o que a gente não quer mais ser é massa de manobra, e estamos aqui pra fortalecer”.


Todos os grupos são abertos ao público e tem horários de ensaios e apresentações.
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oi meu nome e karol eu gostaria muito de aprede a
dança rip rop quais sao os horios de esaio do grupo
e como ser faz a escriçao oque preciza ? cara vc dança
muito parabens pra todos que dançao espero aprede muito
com voce

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